sábado, 26 de agosto de 2006

Ser Redundante

Entre meu eu e o mundo há um todo, um todo tão cheio, mas principalmente vazio. Contraditório, verdade, mas há tempos percebi que a contradição me atrai bastante. Voltando ao que há entre a minha existência e o meu existir, devo dizer que nem ao certo sei. Sorte saber ao menos que existo, o que não é dom pra qualquer um, é coisa de cabra valente e arretado, que não tem medo da vida e se propõe a viver e isso, como dito anteriormente, é pra pouquíssimos. .

Antes que me entregue totalmente a redundância e me julguem fugitiva do tema, devo pedir desculpas. Pois de nova aprendi que escritor bom era aquele que escolhia um tema de seu domínio e aí desandava a proferir palavras bonitas e pensamentos cheios de lógica, lindo! Todos com ar de que foram criados naquele instante mesmo. Mas o que se passa aqui é só alguém que quer falar do que é sem nem ao menos se conhecer, quer falar do que sente embora a única coisa que saiba é que sente! E então se perde em seus pensamentos e acaba por nada dizer. Um coração que sonha e toma a caneta à mão numa tentativa inútil de traduzir-se. E com o perdão da redundância, mas, como tudo que é inútil sua tentativa é em vão.

Vou-me e volto depois, quem sabe quando descobrir quem sou quem sabe quando souber o que sinto, ou simplesmente quando meu coração aprender a escrever.

Lucy Todoievisk http://www.fotolog.net/prosaica

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