sábado, 1 de setembro de 2007

vai

Me joguei da estrada.

Não o corpo!

A alma.

perdidos e achados.

Me perdi na selva.
Não me quero impura, impessoal, insignificante.
Me quero mais alguém,menos ninguém.
Maldita singularidade plural!

Dama das camélias.

Os pássaros vem sujar meu nome.
Não os tiro o direito.
É que minh'alma tão imunda
se fez banquete pros outros...
Devora!

Essa suja carne que trafega
Um passo em um segundo,
um novo dia, o mesmo mundo...
Imundo!

De mim, tão limpo, tão cheio de sí.
O relógio gira, cai a noite no meu olho
uma, outra, uma, outra, uma, outra, uma...
chove cinza em meu corpo
e em meu cabelo ainda negro...
Por fora!

Aceleram-se os pingos,
vão-se as madrugadas.
Sant'alma penada,
só corpo impera!

sorvedouro.

Não quero perder no tempo a minha gana por palavras.
Me vestem, revestem.
Ah! E as entrelinhas...
Entrelinhas sim, de madrugadas veludas
tanto dissestes sobre mim.
Não me abandonem que assim prometo não as deixar.
Doce, serena, veluda. Palavra por palavra,
             desnuda.
           dentro de mim.

Não me quero sexo, paixão, amor, amizade
me bastam palavras
me soou assim,
o que Drummond ao canto sussurrava:
"penetra surdamente o reino das palavras"
que me sou assim!