Dobrava cuidadosamente o papel,
marcava-o duas ou três vezes antes da "dobra oficial".
Cuidadosamente, parecia querer fazer com que surgisse a mais simétrica forma naquele simples papel.
Não parecia permitir dobras errôneas.
Não se demorava muito e o papel ganhava vida! Surgia então a primeira forma, P-E-R-F-E-I-T-A!!!
Nenhum amassão,
linda!
Mas, a menina... NÃO gostou!
Desdobrava o papel apressadamente como se assim quisesse se redimir de sua dobra anterior.
Cui...da...do...sa...mente, cuidadosamente! Redobrou o papel, quanto CUIDADO.
Uma nova forma surgiu, não tão perfeita, não tão simétrica e não tão livre de amassões.
Não havia gostado,
novamente!
Por fim, cansada de dar vida ao que lhe parecia inanimado, dobrou o papel simplesmente...
Oito dobras quadrangulares, era finito o seu problema existencial.
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