sábado, 1 de setembro de 2007

sorvedouro.

Não quero perder no tempo a minha gana por palavras.
Me vestem, revestem.
Ah! E as entrelinhas...
Entrelinhas sim, de madrugadas veludas
tanto dissestes sobre mim.
Não me abandonem que assim prometo não as deixar.
Doce, serena, veluda. Palavra por palavra,
             desnuda.
           dentro de mim.

Não me quero sexo, paixão, amor, amizade
me bastam palavras
me soou assim,
o que Drummond ao canto sussurrava:
"penetra surdamente o reino das palavras"
que me sou assim!

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