sábado, 1 de setembro de 2007

Dama das camélias.

Os pássaros vem sujar meu nome.
Não os tiro o direito.
É que minh'alma tão imunda
se fez banquete pros outros...
Devora!

Essa suja carne que trafega
Um passo em um segundo,
um novo dia, o mesmo mundo...
Imundo!

De mim, tão limpo, tão cheio de sí.
O relógio gira, cai a noite no meu olho
uma, outra, uma, outra, uma, outra, uma...
chove cinza em meu corpo
e em meu cabelo ainda negro...
Por fora!

Aceleram-se os pingos,
vão-se as madrugadas.
Sant'alma penada,
só corpo impera!

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